seus dedos.
De fato criara uma versão irreal do que a esperava. Mapeou o trajeto
que levaria Caurê até o seu coração. Não somente as flores nas pegadas
seriam suficientes, e talves elas já nem fossem tão importantes agora.
Mas ela sentia como se rejuvenescesse muitos anos.
Um calor dentro do peito tomou conta daquele sentimento de angústia
anterior. Queria aproveitar cada segundo, apesar do medo, muitas
vezes, de não estar agindo da maneira correta. Mas agora só restava
deixar agir o coração. Fizera coisas erradas, que apesar de não terem
a menor importância e já ter-se arrependido, ainda a faziam sofrer às
vezes que percebia que Caurê entendera isso como uma grande ofença.
Cuaracy tinha o coração todo aberto. Sentia coisas novas como a muito
tempo não era capaz. Tinha a mente totalmente coração. Não podia
impedir. E se a machucasse agora, apesar de sangrar muito, teria
sentido como o coração é capaz de respirar e renovar-se. Mil perguntas
e vontades surgiam em sua mente, e agora era hora de colocá-las em
ordem, deixar o medo pra lá e fazer a espiral girar. A Dança da
Serpente de Fogo da Terra.
Do fundo do coração: Tem sido uma experiência incrível.