09 setembro 2007

Parte I - Amélia

Desde o primeiro momento que o viu foi capaz de imaginar, de uma só vez todas as coisas que à levariam diretamente para o inferno, caso ousasse confessar-lhes. Acreditava, sinceramente, que o pecado não seria descoberto por Deus se ela não o deixasse escapar pelos lábios. Sentia já a tempo um olhar incomum que a despia, e ela não via absolutamente mal nenhum nisso. Inclusive divertia-se provocando-lhe e fazendo-se de desentendida quando ele estava por perto. Já estava em idade de casar-se e não lhes chamavam a atenção nenhum dos bons moços de família que o pai insistia em apresentar-lhe. O único que o chamava a atenção realmente, era o jovem padre de olhar penetrante que a fazia soar.Ela insistia que preferia seguir a vocação religiosa, a qual ninguém duvidava existir quando observavam seu ineresse e empenho em assuntos religiosos. Secretamente ela ria-se e pensava nas mais diversas coisas a que teria acesso, sem a preocupação de seus pais quanto a sua pureza, uma vez que virasse freira.Em um dado dia, preocupada com a dúvida que seu pai levantava em relação à vida sacerdotal, ela solicitou ao jovem padre que conversasse com o seu pai, para convencer-lhe dos dotes religiosos que possuia...

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