27 fevereiro 2008

.Ponto.

Ontem eu descobri:
Não é vontade de morrer, mas vontade de não existir, por enquanto.
 
E não é drama pra chamar a atenção, porque eu quero mais é que o mundo se exploda.
 

VENTO QUENTE - Sylvia Plath

Lamento cego no vento, dias lunares de inverno,
Infância, os passos se perdem discretos em negra sebe,
Longo toque noturno.
Discreta vem a noite branca,

Transforma em sonhos purpúreos tormento e dor
Da vida pedregosa,
Para que nunca o espinho deixe o corpo em decomposição.

Profunda em sono suspira a alma angustiada,

Profundo o vento em árvores destruídas,
E a figura de lamento da mãe
Vagueia pela floresta solitária

Desse luto silente; noites
Repletas de lágrimas, de anjos de fogo.
Prateado, espatifa-se contra a parede nua um esqueleto de criança.

(1914)

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